A directora do Departamento África do FMI, Antoinette Sayeh, termino esta terça-feira 09 de Fevereiro de 2016 a sua vista de dois dias à São Tomé e Príncipe.
Em conferência de imprensa a responsável do Fundo Monetário internacional recomendou ao governo São-tomense maior esforço na arrecadação dos impostos e prometeu o apoio do FMI para atrair investimento externo.
A Directora do Departamento África do Fundo Monetário Internacional (FMI), Antoinette Sayeh, manteve encontros com o Presidente da Assembleia Nacional, José da Graça Diogo, o Primeiro-Ministro, Patrice Trovoada, o Ministro das Finanças e da Administração Pública, Américo d' Oliveira Ramos, e a Governadora do Banco Central, Maria do Carmo Trovoada Silveira, bem como com várias outras autoridades, deputados da Assembleia Nacional, doadores e representantes da sociedade civil, para discutir as oportunidades e desafios com os quais o País se vê confrontado e como fazer reflectir o crescimento económico robusto em melhores condições de vida para os cidadãos. No final da visita, Antoinette Sayeh fez as seguintes declarações:
«Esta é a primeira vez que venho a São Tomé e Príncipe na qualidade de Directora do Departamento África do FMI e sinto-me particularmente satisfeita por ter tido esta oportunidade. Tive a ocasião de reunir com pessoas extremamente empenhadas e talentosas do Governo e da sociedade civil, o que me permitiu uma compreensão mais abrangente das perspectivas económicas e dos desafios deste lindo país.
Neste momento, São Tomé e Príncipe apresenta perspectivas económicas encorajadoras. As projecções do FMI apontam para um crescimento anual de 5% do PIB, graças a um maior investimento público, uma recuperação da produção de cacau e um aumento do investimento estrangeiro em turismo. A inflação mantem-se em cerca de 4%, o nível mais baixo das últimas duas décadas. Foram recentemente implementadas várias reformas essenciais, nomeadamente a aprovação pela Assembleia Nacional da nova Lei de Resolução Bancária, e o Governo já iniciou a regularização dos atrasados à EMAE.
Para reforçar a economia e consolidar o crescimento a um nível mais elevado torna-se necessário prosseguir outras reformas importantes, tais como a melhorar a arrecadação fiscal e reforçar o sistema financeiro. É igualmente importante manter a prudência orçamental de modo a garantir a gestão da dívida pública.
Gostaria de agradecer ao Senhor Primeiro-Ministro Patrice Trovoada, ao Presidente da Assembleia Nacional, José da Graça Diogo, ao Ministro das Finanças e da Administração Pública, Américo d' Oliveira Ramos, e à Governadora do Banco Central, Maria do Carmo Trovoada Silveira, bem assim como aos outros funcionários do Governo, pela sua generosa hospitalidade e qualidade das discussões mantidas»
Em Julho de 2015, o FMI aprovou um novo programa no âmbito do Instrumento de Crédito Alargado [ECF na sigla em inglês] para São Tomé e Príncipe, no valor de USD 6,2 milhões. O acordo ECF alicerça o programa de reformas económicas do Governo cujos objectivos são a consolidação das finanças públicas, a redução das debilidades da balança de pagamentos e a regularização dos atrasados internos. O programa lança igualmente as bases para um crescimento inclusivo mais sólido e desempenha um papel catalisador no âmbito da assistência bilateral e multilateral.